Rio Lis que passas sonolento,
Outrora de águas límpidas,
Seus peixes de cor argêntea,
Deixaram saudades infindas.
Contigo choro a lenta morte,
E os teus peixes envenenados.
Ferem-me a alma: Que sorte!
Por terem a sua vida minada.
Estão matando nosso mundo,
Dom herdado de nossos pais.
Não te conseguiremos deixar,
Como eras! Rio belo e fecundo!
Se falasses, ouviríamos teus ais,
Estou bem certo, estás a chorar.
Marvila, 20 de Outubro de 2010
António Borges da Cunha
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