sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ao Castelo

Ai se as tuas pedras contassem,
Quanto diriam dos tempos idos!
Se tuas muralhas recordassem,
Lembrar-nos-iam quantos feridos.

As tuas pedras tão manchadas,
Com o sangue dos portugueses,
São, para nós, muito sagradas,
Sempre, sempre, não às vezes.

Honremos o esforço do passado,
Com dignidade e muito carinho,
Cantai para eles: honra e glória.

Torre de Menagem, tão avistada,
Sirva de guia em nosso caminho,
E sua Bandeira, a nossa memória.

António Borges da Cunha
Marvila, 30 de Outubro de 2010

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