quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

TESOURINHO DA LÍNGUA PORTUGUESA


UMA ANEDOTA COM UM CERTO NÍVEL LITERÁRIO, CONVENHAMOS


Tesourinho da língua portuguesa
UMA ANEDOTA COM UM CERTO NÍVEL LITERÁRIO, CONVENHAMOS
"E assim se fala em bom português!"
*A ESTRANHA BELEZA DA LÍNGUA PORTUGUESA*
*Este texto é dos melhores registos de língua portuguesa que eu tenho
lido sobre a nossa digníssima 'língua de Camões', a tal que tem fama
de ser pérfida, infiel ou traiçoeira. *
Um político que estava em plena campanha chegou a uma pequena cidade,
subiu para o palanque e começou o discurso:
*Compatriotas*, *companheiros*, *amigos*! Encontramos-nos aqui,
*convocados *, *reunidos* ou *juntos* para *debater*, *tratar* ou *discutir*
um *tópico*, *tema* ou *assunto*, o qual me parece *transcendente*,
*importante* ou de *vida ou morte*.
O *tópico*, *tema* ou *assunto* que hoje nos *convoca*, *reúne* ou *junta*
é a minha *postulação*, *aspiração* ou *candidatura*
a Presidente da Câmara deste Município.
De repente, uma pessoa do público pergunta:
- Ouça lá, porque é que o senhor utiliza sempre três palavras, para dizer a mesma coisa?
O candidato respondeu:
- Pois veja, caro senhor:
A primeira palavra é para pessoas com nível cultural muito alto, como intelectuais em geral;
A segunda é para pessoas com um nível cultural médio, como o senhor e a maioria dos que estão aqui;
A terceira palavra é para pessoas que têm um nível cultural muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele alcoólico, ali deitado na esquina.
De imediato, o alcoólico levanta-se a cambalear e 'atira':
- Senhor *postulante*, *aspirante* ou *candidato*:
(hic) o *facto*, *circunstância* ou *razão* pela qual me encontro num estado *etílico*, *alcoolizado* ou *mamado* (hic), não *implica*,*significa*, ou *quer dizer* que o meu nível (hic) cultural seja *ínfimo*, *baixo* ou mesmo *rasca* (hic). E com todo a *reverência*, *estima* ou *respeito* que o senhor me merece (hic) pode ir *agrupando*, *reunindo* ou *juntando* (hic)
os seus *haveres*, *coisas* ou *bagulhos* (hic) e *encaminhar-se*, *dirigir-se* ou
*ir direitinho* (hic) à *leviana da sua progenitora*, à *mundana da sua mãe biológica*................














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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

PENSAMENTOS QUE LI...

Amo tudo que é velho:
velhos amigos, velhos tempos,
velhas maneiras, velhos livros,
vinhos velhos.

Oliver Goldsmith


Azar sempre existe.
Pergunta a um fracassado.

Anónimo

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

DE QUEM É A CULPA?

Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos - muito bom!
ESTA TENHO QUE REENVIAR.
Sim, a culpa da crise é dofuncionário público Vítor Constâncioque não
viu, ou não quis ver o buraco do BPN;
 
É DO BdP QUE NÃO VIU A BANCA ENDIVIDAR-SE MAIS DO QUE PODIA

Sim, a culpa da crise é do
funcionário público Teixeira dos Santosque não
viu, ou não quis ver o buraco da Madeira;

Sim, a culpa da crise é do
funcionário público Alberto João Jardimque
criou "às escondidas para os do continente não cortarem nas tranches" um
buraco de seis mil milhões de euros;

Sim, a culpa da crise é dos
funcionários públicos da Assembleia da
República
que auferiram só em ajudas de custo no ano de 2010 a módica
quantia de três milhões de euros, fora os salários e demais benefícios;

Sim, a culpa da crise é dos
funcionários públicos que gerem, continuamente,
em prejuízo as empresas públicas
como a Metro do Porto, CP, ANACOM, REFER,
REN, CARRIS, EDP, PT, Estradas de Portugal, Águas de Portugal, a lista é
interminável, mas não abdicam das viaturas topo de gama, telemóveis, talões
de combustível... enfim a lista é interminável;

Sim, a culpa da crise é dos
funcionários públicos das Juntas de Freguesia e
Câmaras Municipais
que ganham por cada reunião assistida;

Sim, a culpa da crise é dos
funcionários públicos da Assembleia da
República, já reformados
, com as suas subvenções vitalícias por meros 6
anos de "serviço". Reformados alguns com apenas 40 anos de idade!!! Quantos
são desde 1974? Enfim, a lista é interminável.

Sim, a culpa da crise é dos
funcionários públicos que presidem fundações
como a Guimarães 2012 com salários imorais, na ordem dos milhares de euros.
Quantas são? Enfim, a lista é interminável;

Sim, a culpa da crise é dos
funcionários públicos que compram submarinos;

Sim, a culpa da crise é dos
funcionários públicos que adjudicam pareceres
jurídicos
a empresas de advogados, quando podiam solicitar o mesmo serviço
às Universidades, pagando dez vezes menos, ajudando dez vezes mais as
finanças das mesmas;

Sim, a culpa da crise é dos
funcionários públicos que adjudicaram obras
permitindo as famosas "derrapagens financeiras". E quem paga? É o Estado!!!

Etc., etc., etc..

Sim, a culpa da crise
é desses funcionários públicos, e não dos funcionários publicos que trabalham arduamente para alimentar estes pulhas
Carlos Couto, funcionário público,

O pagador de impostos.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A DIGNIDADE DUM POVO

MEMÓRIAS de um Outro PORTUGAL
Corria o ano da graça de 1962. A Embaixada de Portugal em Washington recebe pela mala diplomática um cheque de 3 milhões de dólares (em termos atuais algo parecido com 50 milhões) com instruções para o encaminhar ao State Department para pagamento da primeira tranche do empréstimo feito pelos EUA a Portugal, ao abrigo do Plano Marshall.
O embaixador incumbiu-me (ao tempo era eu primeiro secretário da Embaixada) dessa missão.
Aberto o expediente, estabeleci contacto telefónico com a desk portuguesa, pedi para ser recebido e, solicitado, disse ao que ia. O colega americano ficou algo perturbado e, contra o costume, pediu tempo para responder. Recebeu-me nessa tarde, no final do expediente. Disse-me que certamente havia um mal-entendido da parte do governo português. Nada havia ficado estabelecido quanto ao pagamento do empréstimo e não seria aquele o momento adequado para criar precedentes ou estabelecer doutrina na matéria. Aconselhou a devolver o cheque a Lisboa, sugerindo que o mesmo fosse depositado numa conta a abrir para o efeito num Banco português, até que algo fosse decidido sobre o destino a dar a tal dinheiro. De qualquer maneira, o dinheiro ficaria em Portugal. Não estava previsto o seu regresso aos EUA.
Transmiti imediatamente esta posição a Lisboa, pensando que a notícia seria bem recebida, sobretudo num altura em que o Tesouro Português estava a braços com os custos da guerra em África. Pensei mal. A resposta veio imediata e chispava lume. Não posso garantir a esta distância a exatidão dos termos mas era algo do tipo: "Pague já e exija recibo". Voltei à desk e comuniquei a posição de Lisboa.
Lançada estava a confusão no Foggy Bottom: - não havia precedentes, nunca ninguém tinha pago empréstimos do Plano Marshall; muitos consideravam que empréstimo, no caso, era mera descrição; nem o State Department, nem qualquer outro órgão federal, estava autorizado a receber verbas provenientes de amortizações deste tipo. O colega americano ainda balbuciou uma sugestão de alteração da posição de Lisboa mas fiz-lhe ver que não era alternativa a considerar. A decisão do governo português era irrevogável.
Reuniram-se então os cérebros da task force que estabelecia as práticas a seguir em casos sem precedentes e concluíram que o Secretário de Estado - ao tempo Dean Rusk - teria que pedir autorização ao Congresso para receber o pagamento português. E assim foi feito. Quando o pedido chegou ao Congresso atingiu implicitamente as mesas dos correspondentes dos meios de comunicação e fez manchete nos principais jornais. "Portugal, o país mais pequeno da Europa, faz questão de pagar o empréstimo do Plano Marshall"; "Salazar não quer ficar a dever ao tio Sam" e outros títulos do mesmo teor anunciavam aos leitores americanos que na Europa havia um país (Portugal) que respeitava os seus compromissos.
Anos mais tarde conheci o Dr. Aureliano Felismino, Diretor-Geral perpétuo da Contabilidade Pública durante o salazarismo (e autor de umas famosas circulares conhecidas ao tempo por "Ordenações Felismínicas" as quais produziam mais efeito do que os decretos do governo). Aproveitei para lhe perguntar por que razão fizemos tanta questão de pagar o empréstimo que mais ninguém pagou. Respondeu-me empertigado: - "Um país pequeno só tem uma maneira de se fazer respeitar: é nada dever a quem quer que seja".
Lembrei-me desta gente e destas máximas quando há dias vi na televisão o nosso Presidente da República a ser enxovalhado pública e grosseiramente pelo seu congénere checo a propósito de dívidas acumuladas.
Eu ainda me lembro de tais coisas, mas a grande maioria dos Portugueses de hoje nem esse consolo tem.
Estoril, 18 de Abril de 2010 - Luís Soares de Oliveira