Ai como eu gostaria de ser rico!
Mas muito, mesmo muito rico!
Para dizer verdades inconvenientes,
E ver gente fina rir-se, achar graça,
Rodando à minha volta constantemente,
Porque só têm graça os que são ricos,
E eu gozar no meu íntimo, os basbaques,
E a esta ignorância erguer minha taça,
venerarem-me todos tão hipocritamente,
Serem tão finos e engolirem podre lama,
Sorvendo seus muitos crónicos orgulhos,
Achando graça àquilo que graça não tem,
Só porque se curvam ao grande senhor,
Áqueles que outra coisa não têm nem fama,
Rodando como luas e ocos embrulhos,
Aquele que domina esta podre sociedade,
O deus Pecunia dobrando os servidores,
Correndo atrás de sua oca, vã saciedade.
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