Está patente na Casa Museu João Soares nas Cortes, Leiria uma exposição muito interessante sobre os grafitos existentes nas paredes do Mosteiro da Batalha.
Vivo perto da Batalha, julgava que conhecia o mosteiro e afinal descobri esta componente muito interessante das nossas jóias arquitectónicas que muito poderá enriquecer quem visite esta exposição. Confesso que voltei com a minha bagagem cultural mais completa.
Parece-me que no espírito dos escultores, pedreiros, carpinteiros, arquitectos, monges ao fixarem nas paredes estas imagens teriam sido atávicamente impulsionados pela herança dos nossos antepassados que gravaram nas rochas, há milénios, o que os rodeava, principalmente animais.
Estes artistas, nas suas horas vagas, gravaram aves, barcos, jogos, etc.
De todas as gravuras, aquela que mais me impressionou foi a cegonha. Os barcos portugueses andavam nas mentes e nos oceanos e por isso é absolutamente natural que apareçam.
Os jogos eram para passar as horas vagas.
Aqui neste mundo respira-se uma outra idade média, no dizer do autor do folheto que me foi entregue.
É uma visita a não perder, principalmente pelos alunos das nossas escolas.
Regressarão culturalmente mais ricos após uma visita bem cuidada.
Seria bom que estes materiais se não perdessem e regressassem à Batalha.
Parabéns aos organizadores.
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