...Pelos vistos, a palavra xulo não existe por estas bandas....
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...Pelos vistos, a palavra xulo não existe por estas bandas....
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O Correio da Manhã de hoje dá conta que a firma Octapharma que empregou José Sócrates, desde há uns meses, facturou em Portugal e durante os dois governos do dito, seis milhões de euros. Muito desse dinheiro foi pago pelo orçamento da saúde e pelos hospitais públicos, particularmente o de Setúbal, em ajustes directos ocorridos entre 2008 e 2009. O tribunal de Contas, em 2011, denunciou práticas irregulares nesses contratos, algumas delas reveladoras de habilidades que carecem de investigação, eventualmente criminal. Como os factos ocorreram há relativamente pouco tempo, ainda haverá tempo de investigar como deve ser. Pelo DCIAP, naturalmente.
Há situações estranhas nestas notícias. Em primeiro lugar o aparecimento do antigo primeiro-ministro de Portugal, vindo do nada, para a presidência de um alegado conselho Consultivo do grupo Octapharma para a América Latina. Sobre isto importa referir que José Sócrates deixou de ser primeiro-ministro de Portugal há escasso ano e meio. A lei de incompatibilidades e impedimentos de políticos- Lei 64/93 de 26 de Agosto, sucessivamente alterada-não impede o exercício de funções em empresas privadas desde que as mesmas não tenham sido beneficiadas durante o mandato daqueles, por qualquer incentivo fiscal ou benefício de natureza contratual.
Não sendo esse o caso, tudo estará bem por aí, legalmente. Mas subsiste outro mistério: porque é que o antigo chefe de gabinete de Sócrates, precisamente entre 2009 e 2011, aparece ao lado do dito mesmo que não tenha qualquer função explícita na empresa e tenha reunido com o ministro da Saúde brasileiro?Segundo o Expresso de hoje, a escolha do antigo primeiro-ministro de Portugal, deveu-se à intervenção pessoal de um tal Paulo de Castro, responsável, na empresa, pelo sector da América Latina. Paulo Castro, segundo o jornal, foi um antigo delegado de propaganda médica que ascendeu a pulso no mundo dos negócios farmacêuticos. "Fez uma carreira alucinante na indústria farmacêutica", diz Eduardo Barroso o médico sportinguista que o conhece e de quem é amigo há 30 anos. Mas Barroso não sabia de nada quanto à contratação do antigo primeiro-ministro e nem sabia se os dois se conheciam.Por outro lado, segundo o Expresso, a Octapharma já tem má imprensa e imagem desgastada no Brasil. Foi envolvida no processo da "máfia dos vampiros", "quando vários operadores no Brasil de produtos derivados do sangue foram considerados suspeitos de actuar em cartel para cobrar preços muito acima do mercado." Isso aconteceu em... 2004 e está relacionado com o mensalão, porque um dos condenados nesse processo, o tesoureiro do PT, também foi visado neste. O antigo chefe de gabinete de Sócrates será funcionário da firma Ongoing, a tal que envolveu a guerra do Expresso com Vasconcellos e o espião Silva Carvalho. O ministério público brasileiro ainda não encerrou o processo porque pretende que sejam proibidos de realizar negócios com o poder público, ou seja, de fazerem "ajustes directos" com o Estado.Dez anos depois destes factos ocorridos no Brasil, três escassos anos depois dos negócios da firma em Portugal, com hospitais públicos e escassíssimo ano e meio depois de sair, alegadamente para estudar Filosofia e agora reconvertido ao mestrado em Ciência Política (é a mesma coisa, para os correlegionários...), temos o antigo prime-minister of Portugal como conselheiro número um da empresa para a América Latina...Este indivíduo é ou não inenarrável?
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CARROS DOS JUÍZES DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL
DESCULPEM A MINHA INGENUIDADE!... Como pode progredir um País assim saqueado permanentemente pelas pessoas que deviam dar o exemplo de seriedade? Em quem podemos confiar, quando os mais altos responsáveis dão estes exemplos de saque? É indigno!!... Aqui vai mais um bom exemplo: O Tribunal Constitucional é um tribunal de nomeação politica e, por esse facto, resolveram comprar automóveis de Luxo e Super Luxo para cada um dos 'Juízes' ( de nomeação política ). Estes carros são utilizados pelos Juízes - num total de 13 Juízes - para todo o serviço, precisamente como acontece nas grandes Empresas.
1- O Presidente tem um BMW 740 D (129.245 € / 25.849 contos)
2- O Vice-Presidente: BMW 530 D ( 72.664 € /14.533 contos) 3- Os restantes 11 Juízes têm BMW 320 D ( 42.145 € /8.429 contos, cada ) Portanto, uma frota automóvel no valor de 665.504 €/ 133.101 contos ( muito mais de meio milhão de Euros?!!!) É o único Tribunal Superior Europeu (se calhar mundial) onde os Juízes têm direito a carro como parte da sua remuneração (automóvel para uso pessoal). E DEPOIS QUEREM-NOS COMPARAR AOS PAÍSES DO NORTE ?? A que propósito? Pura ostentação! Ninguém se indigna? Quem é que autorizou este escândalo? Ao mesmo tempo que o Governo sobrecarrega os portugueses em geral compra justamente as viaturas mais caras, superluxo. Não é aceitável, não se pode compreender... Repassem e chateiem, por favor. | |
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O general Pires Veloso POR FAVOR LEIAM E DIVULGUEM
O general Pires Veloso, um dos protagonistas do 25 de Novembro de 1975 que naquela década ficou conhecido como "vice-rei do Norte", defende um novo 25 de Abril, de raiz popular, para acabar com "a mentira e o roubo institucionalizados".
"Vejo a situação atual com muita apreensão e muita tristeza. Porque sinto que temos uma mentira institucionalizada no país. Não há verdade. Fale-se verdade e o país será diferente. Isto é gravíssimo", disse hoje, em entrevista à Lusa.
Para o general, que enquanto governador militar do Norte foi um dos principais intervenientes no contra-golpe militar de 25 de Novembro que pôs fim ao "Verão Quente" de 1975, "dá a impressão de que seria preciso outro 25 de abril em todos os termos, para corrigir e repor a verdade no sistema e na sociedade".
Pires Veloso, 85 anos, considera que não poderão ser as forças militares a promover um novo 25 de Abril: "Não me parece que se queiram meter nisto. Não estão com a força anímica que tinham antigamente, aquela alma que reagia quando a pátria está em perigo".
"Para mim, o povo é que tem a força toda. Agora é uma questão de congregação, de coordenação, e pode ser que alguém surja" a liderar o processo.
Inversão de valores
E agora que "o povo já não aguenta mais e não tem mais paciência, é capaz de entrar numa espiral de violência nas ruas, que é de acautelar", alertou, esperando que caso isso aconteça não seja com uma revolução, mas sim com "uma imposição moral que leve os políticos a terem juízo".
Como solução para evitar que as coisas se compliquem, Pires Veloso defendeu uma cultura de valores e de ética. "Há uma inversão que não compreendo desses valores e dessa ética. Não aceito a atuação de dirigentes como, por exemplo, o Presidente da República, que já há pelo menos dois anos, como economista, tinha obrigação de saber em que estado estava o país, as finanças e a economia. Tinha obrigação moral e não só de dizer ao país em que estado estavam as coisas", defendeu.
Pires Veloso lamentou a existência de "um gangue que tomou conta do país. Tire-se o gangue, tendo-se juízo, pensando no que pode acontecer.
E ponha-se os mais ricos a contribuir para acabar a crise. Porque neste momento não se vai aos mais poderosos".
O general deu como exemplo o salário do administrador executivo da Eletricidade de Portugal (EDP) para sublinhar que "este Governo deve atender a privilégios que determinadas classes têm".
"Não compreendo como Mexia recebe 600 mil euros e há gente na miséria sem ter que dar de comer aos filhos. Bem pode vir Eduardo Catroga dizer que é legal e que os acionistas é que querem, mas isto não pode ser assim. Há um encobrimento de situação de favores aos mais poderosos que é intolerável. E se o povo percebe isso reage de certeza", disse.
Para Pires Veloso, "se as leis permitem um caso como o Mexia, então é preciso outro 25 de abril para mudar as leis", considerando que isto contribui para "a tal mentira institucionalizada que não deixa que as coisas tenham a pureza que deviam ter".
Casos como este, que envolvem salários que "são um insulto a um povo inteiro, que tem os filhos com fome", fazem, na opinião do militar, com que em termos sociais a situação seja hoje pior, mesmo, do que antes do 25 de Abril: "Na altura havia um certo pudor nos gastos e agora não: gaste-se à vontade que o dinheiro há de vir".
Inversão do 25 de Abril
Quanto ao povo, "assiste passivamente à mentira e ao roubo, por enquanto. Mas se as coisas atingirem um limite que não tolere, é o cabo dos trabalhos e não há quem o sustenha. Porque os cidadãos aguentam, têm paciência, mas quando é demais, cuidado com eles".
"Quando se deu o 25 de Abril de 1974, disseram que havia de haver justiça social, mais igualdade e melhor repartição de bens. Estamos a ver uma inversão do que o 25 de Abril exigia", considerou Pires Veloso, para quem "o primeiro-ministro tem de arrepiar caminho rapidamente".
Passos Coelho "tem de fazer ver que tem de haver justiça, melhor repartição de riqueza e que os poderosos é que têm que entrar com sacrifícios nesta crise", defendeu, apontando a necessidade de rever rapidamente as parcerias público-privadas.
"Julgo que Passos Coelho quer a verdade e é esforçado, mas está num sistema do qual está prisioneiro. O Governo mexe nos mais fracos, vai buscar dinheiro onde não há. E, no entanto, na parte rica e nos poderosos ainda não mexeu. Falta-lhes mais tempo? Não sei. Sei é que tem de mudar as coisas, disse Pires Veloso
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